quarta-feira, 4 de julho de 2012

Os Santarosa

Não falei que ia ter novidade?
Olha aí!
Ontem estive com o Léo e o Lucas do Teatro Santarosa. Fomos tomar umas cervejinhas e bater papo para nos conhecermos melhor, eles e a nossa turma do teatro, turma de terça feira.
É , eu disse que ia voltar para o teatro, você me incentivou, e estou firme no propósito. Lá se foi o primeiro semestre.
Daí, que para encerrar as atividades do semestre fizemos uma intervenção cênica na Praça da Bicicleta, alí no alto da Fiuza. O povo do teatro curtiu um monte,produziram os figurinos e fomos tomados por toda aquela excitação típica das primeiras vezes. Lucas e Léo na direção do evento.
Passado o chapéu, restava-nos bebê-lo.
E lá fomos nós!
Você apareceu na mesa , lembrada pelo Léo, explicada por mim, para quem não a conhecia, falando do Piolin, da praça e do seu trabalho. Desejei ter um livro na bolsa para mostrar você.
Léo é também um grande admirador seu e, como nós, queria saber como, quando e onde a praça. A prefeita falou que lançaria a pedra fundamental, mas não soubemos de nada. Vou perguntar para a Vera.
Ele, como nós, sonha com uma praça cheia de gente, crianças que possam encantar-se com os painéis e ler a história do Piolin. Uma praça viva.
Mas, o melhor aconteceu quando o Léo manisfestou a intenção de ter em seu teatro alguma atividade em homenagem ao Piolin, todo ano no seu dia, 27 de março, como você sempre fez, sempre quis.
Isso é lindo! Vou torcer para acontecer. É parte do legado.
ps: Loureiro publicou uma foto nossa no face, felizes como sempre.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Querida Jair, dia 30 fizeram uma linda homenagem à você




Querida Jair,
Dia 30 de junho, mês do nosso aniversário, fizeram uma linda homenagem à você.
Foi na Oficina Cultural Cândido Portinari, capitaneada pela Fatu, com trabalhos do Jack, e a presença do Danilo, da Vera, seus netos e até o bisneto.
Nós , seus amigos, herdeiros do seu legado, estávamos lá, como num encontro festivo, reunidos por sua causa, e você estava conosco, impregnada em cada poro, onipresente em pensamentos, encantando e surpreendendo, como sempre.
Deve ter sido muito difícil para os meninos arrumar as gavetas e descobrir mil de você, uma pose nova, sempre uma novidade, um projeto, mil projetos em andamento, tudo acontecendo junto com a dor da perda, mas enfim, todos tem que viver as suas dores.
Vivi a minha tão intensa, por você, na hora da homenagem.
Ainda bem que não me coube atuar, não daria conta, fiquei tomada pela emoção, não consegui nem fotografar, Jugurta fotografou e me mandou as fotos de presente,nem ler um pequeno poema que fiz no dia do seu aniversário à uma roda de amigos.
Saí de nariz vermelho, cara lavada de lágrimas em todas as fotos.
O corpo moeu e dormi por horas à tarde, em recuperação.
Havia um piano e um rapaz lindo tocando, havia tuas poesias na voz da família, havia Gesmar, magnífico como Piolin, um Piolin sem fantasia, um Gesmar-Piolin, e havia fotos suas passando num telão, em algumas era você, como conheci, em outras, uma jovem Jair.
Aider fez a saudação, muito bem feita e apropriada.
Acabada a homenagem foi aberta uma exposição e ali estava você, em fotos, trabalhos, relatos, como eu nunca tinha visto. Reconheci-a pelas palavras, pelas inúmeras histórias contadas e ouvidas. E foi trabalho lindo e completo. Tinha até um vídeo, onde alguém, quem será?, se lembrou de filmar sua festa surpresa de aniversário do ano passado.
E nesta parte do acervo é que me encaixo. Estou lá no filme declamando prá você, e Gilda e Meire tocam e você dança com o Leandro, "aquele que nasceu tarde demais",e dou graças por estas lembranças tão boas, pelo tempo que convivemos, pelo muito que aprendi nesta sua intensidade de generosa vida.
Do outro lado da parede tem um balde de alumínio, você ia gostar deste, a gente fica embaixo e ouve você dizer algo sobre um doce de coco.
E fotos , fotos inteiras, recortadas, picotadas, sobrepostas, montadas em madeira usada, de molduras coloridas, naquele fazer artístico tão próprio seu. E seus santinhos, e suas cerâmicas, e suas costuras e seu manequim florido, e sua cadeira do atelier, e , e...
E por amar você é que caí em prantos, inconsolável, e nem Gustavo, Leandro, Cristiane, Gesmar, Heloísa, Mara,Sílvia, ninguém conseguiu me consolar, foram acolhedores, solidários, irmãos.
E como tinha que escrever isso para você saber, acabei inaugurando mais um blog, e não sei o que vai acontecer.
Tomara que eu tenha muitas boas coisas para contar prá você.